Ò lua dos amantes,
deusa eterna dos céus,
musa de almas errantes
senhora dos sonhos meus;
revela-me a face do sonho,
os lábios inebriantes
num semblante risonho
de olhares ofuscantes.
deusa eterna dos céus,
musa de almas errantes
senhora dos sonhos meus;
revela-me a face do sonho,
os lábios inebriantes
num semblante risonho
de olhares ofuscantes.
Ò lua dos apaixonados,
espelho de intensa união,
barca de deuses amados,
alvo da minha ilusão;
mostra-me o rumo do amor,
os prazeres encantados
de um coração com ardor,
de dois corpos enlaçados.
Ò lua dos navegantes,
rosto da dor da partida,
guia dos caminhantes,
semente do cosmos parida;
traz-me o sonho de amar,
sem sofrer terebrantes,
dá-me a paixão de enlaçar,
põe meus braços enleantes.
espelho de intensa união,
barca de deuses amados,
alvo da minha ilusão;
mostra-me o rumo do amor,
os prazeres encantados
de um coração com ardor,
de dois corpos enlaçados.
Ò lua dos navegantes,
rosto da dor da partida,
guia dos caminhantes,
semente do cosmos parida;
traz-me o sonho de amar,
sem sofrer terebrantes,
dá-me a paixão de enlaçar,
põe meus braços enleantes.
Ò lua dos indigentes,
anjo que por todos vela,
aura dos seres ausentes,
ser que queremos tê-la;
dá-me a alegria que faz
transformar todas as mentes,
alastrar ao mundo a paz
e amar todas as gentes.
Ò lua dos escritores,
adorada luz dos poetas
que cantam os seus louvores
na tinta de suas canetas;
dá-me sempre inspiração,
seja no meio de estertores,
de risos, abraços, paixão,
ou das mais sentidas dores.
anjo que por todos vela,
aura dos seres ausentes,
ser que queremos tê-la;
dá-me a alegria que faz
transformar todas as mentes,
alastrar ao mundo a paz
e amar todas as gentes.
Ò lua dos escritores,
adorada luz dos poetas
que cantam os seus louvores
na tinta de suas canetas;
dá-me sempre inspiração,
seja no meio de estertores,
de risos, abraços, paixão,
ou das mais sentidas dores.
Ò lua dos inocentes,
clamor daqueles que sofrem,
esteio das almas decentes,
gemido de seres que jazem
confiando que reveles
ignomínias indecentes,
também as obras daqueles
que sempre estão presentes.
clamor daqueles que sofrem,
esteio das almas decentes,
gemido de seres que jazem
confiando que reveles
ignomínias indecentes,
também as obras daqueles
que sempre estão presentes.
Ò lua de todos nós,
refúgio de sonhadores,
corpo celeste veloz,
penhor de nossos amores;
guia-nos rumo à luz,
ao sonho de nossos avós,
com teu poder que seduz
até o ser mais feroz.
refúgio de sonhadores,
corpo celeste veloz,
penhor de nossos amores;
guia-nos rumo à luz,
ao sonho de nossos avós,
com teu poder que seduz
até o ser mais feroz.
Ouvi este brado, ò lua,
ouvi este nosso clamor...
grito de paz que atroa
tornando a guerra em amor;
e com tua aura divina
transforma o som que ecoa:
és bela, és feminina,
és elo do amor, és Lua.
ouvi este nosso clamor...
grito de paz que atroa
tornando a guerra em amor;
e com tua aura divina
transforma o som que ecoa:
és bela, és feminina,
és elo do amor, és Lua.
António Castel-Branco
Sintra,13-08-2006
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