sexta-feira, 4 de março de 2011



FONTE DE VIDA

Na bela fonte de água cristalina
refrescam-se esses lábios tão sedentos
de sonhos orvalhados com unguentos
de amor cristalizados na retina.

Salpicos de paixão numa ocarina,
suspiros que se soltam num lamento,
são gotas luminosas que apascento
nas ondas de um rebanho de neblina.

E sem parar a fonte vai vertendo
líquida luz em lágrimas de cor,
para regar de um modo estupendo

os corações turvados pela dor.
E se afastando as trevas num crescendo,
jorra de vida a fonte desse amor.

António Castel-Branco
Sintra, 29/06/2006


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